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O depoimento dado pelo presidente Jair Bolsonaro à Polícia Federal tem sido alvo de muita controvérsia e discussão nos últimos dias. A investigação em questão está relacionada a uma suposta tentativa de interferência do presidente na Polícia Federal, o que gerou uma crise dentro do governo e levou à demissão do então ministro da Justiça, Sergio Moro. O depoimento do presidente ocorreu no último sábado, dia 2 de maio, e durou cerca de três horas. Após o depoimento, o presidente afirmou que foi "tranquilo" e que respondeu a todas as perguntas feitas pelos investigadores da PF. No entanto, algumas informações divulgadas pela imprensa brasileira indicam que o depoimento pode ter sido mais tenso do que o presidente está deixando transparecer. Segundo um dos jornais de maior circulação no país, o presidente teria dito aos investigadores que, se não pudesse trocar o superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro, onde tem interesse particular em algumas investigações em curso, poderia demitir o então diretor-geral da PF, Maurício Valeixo. Essa declaração teria sido considerada uma clara tentativa de interferência política na PF e, por isso, aumentaram as suspeitas de que o objetivo do presidente era ter controle sobre as investigações em curso. Essa possibilidade, caso se confirme, é uma ameaça ao Estado de Direito e pode gerar uma crise institucional de graves proporções. Em resumo, o depoimento do presidente Jair Bolsonaro à Polícia Federal tem gerado muita polêmica e incerteza quanto ao desfecho da investigação em curso. As informações divulgadas até o momento indicam que há fortes indícios de interferência política na PF, o que é um fato bastante preocupante para a democracia brasileira.